sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Suposta carta de despedida: Kurt Cobain


Para Boddah(Amigo imaginário que Kurt tinha quando era pequeno)

"Falando da língua de um simplório experiente que obviamente preferiria ser um eliminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender.

Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde a minha primeira introdução a, digamos assim, éticas envolvendo independência a aceitação de sua comunidade provaram ser verdadeiras. Há muitos anos eu não tenho sentido a excitação de ouvir ou fazer música, bem como ao ler e escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras.

Por exemplo quando estou atrás do palco e as luzes apagam e o ruído maníaco da multidão começa, não me afeta do jeito que afetava Freddy Merucury que costumava amar, se deliciar com a adoração da multidão que é algo que eu totalmente admiro e invejo. O fato é que eu não posso fazer você de tolo, nenhum de vocês, posso enganar. Simplesmente não é justo a você ou para mim. O pior crime do que eu posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo como se eu estivesse me divertindo 100%.

Às vezes eu acho que eu deveria acionar um despertador antes de entrar no palco. Eu tentei tudo dentro de meu alcance para gostar disso(e eu gosto, Deus, acredite em mim eu gosto, mas não foi o suficiente). Eu aprecio o fato de que eu e nós atingimos e divertimos muitas pessoas. Eu devo ser um desses narcisistas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança.

Nossas últimas três turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas eu ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que eu tenho por todos. Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, o sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei!

Eu tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia, e uma filha que me recordam muito do que eu era, cheio de amor e alegria, beijando toda pessoa que ela encontra porque todo o mundo é bom e não a fará nenhum dano. E isso me apavora ao ponto de eu mal conseguir funcionar. Eu não posso ficar com a idéia de Frances se tornar o triste, o autodestrutivo e mórbido roqueiro que eu virei. Eu tive muito, muito mesmo, e eu sou grato por isso, mas desde os sete anos , passei a ter ódio de todos os todos os humanos em geral. Apenas por que eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho.

Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos.
Paz, Amor, Empatia.

Kurt Cobain

Frances e Courtney, eu estarei em seu altar.
Por favor vá em frente Courtney, por Frances.
Por sua vida, que vai ser mais feliz sem mim.
EU TE AMO, EU TE AMO!


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A carta.

Fonte: Assustador.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quebrada


Sinto que me perco aos poucos. Sinto que já não me sinto mais. Só resta uma única coisa aqui dentro capaz de me resgatar desse tormento. Mas no fim, já é tarde demais.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O tempo não cura


Todo mundo diz que a dor vai ficar menor com o passar do tempo, mas eu não acredito neles. Eu acho que eles dizem isso para que você possa enfrentar de sair da cama todos os dias. Você acha que hoje pode ser o dia, mas nunca é.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Indecisão


Ultimamente a solidão, para mim, tem se tornado algo tão atraente que o isolamento tornou-se rotina. O silêncio me agrada e o fato de não ter ninguém por perto me conforta. Conviver em sociedade é praticamente impossível e me esforço o máximo que posso para me manter trancada, ou longe de todos. Mas, ao mesmo tempo, tenho a impressão de que ficar sozinha constantemente é o principal motivo da guerra que travei contra mim mesma.
Não consigo me decidir se minha opção de (sobre)vida me faz bem ou mal, apenas aprecio a quietude e lavo-me com lágrimas quando a solidão machuca.
Encontro conforto e meio-termo na chuva. A chuva que cai lá fora traz de volta uma ponta de esperança, paz interior. As gotas que se formam em minha janela retratam uma infinidade de possibilidades que evaporam com os raios do Sol pela manhã, quando não vejo razão aparente para abrir meus olhos e encarar o que vem pela frente.
Talvez essa indecisão seja apenas fruto da depressão que me consome... De qualquer forma eu aprendi a lidar com isso a partir do momento em que decidi que não quero mais lutar contra nada. Não quero cura, nem resposta. Quero apenas partir, deixar tudo isso para trás e quem sabe um dia retornar para viver uma vida normal.

A sua partida



Foi um ano difícil para mim. Minha vida foi devastada cruelmente por uma tristeza infindável que se apossou de todos os meus sentidos, e foi quando você chegou e secou minhas lágrimas, levou embora meus medos e lutou quando foi necessário. Tornei-me dependente do seu apoio e do seu carinho, você costumava me encher de esperança quando para mim o mundo não fazia mais sentido, e como uma irmã você me amou. Agora me restam apenas lembranças do que um dia foi a base de minha sobrevivência.
Eu assisti a sua partida sem reclamar, apenas deixando que minhas lágrimas lavassem meu rosto como um protesto silencioso. Foi duro. E até hoje meus olhos me traem ao lembrar do quão feliz sua presença me fazia, agora o lugar que um dia por você foi ocupado jaz vazio.
Sei que não foi embora por conta própria, mas minha mente teimosa insiste em sentir raiva por estar sozinha, sem você para me acalmar. Eu tentei ao máximo dizer a mim mesma que a distância que nos separa não é mais forte, mas a quem quero enganar? Uma amizade só resiste ao tempo e à distância quando já nasceu nessas condições.
Dias, semanas, meses e anos passarão e com eles deixaremos todas as memórias do que um dia fora uma amizade. E, se o destino permitir, nos encontraremos num futuro distante pela rua e talvez nem sequer reconheceremos uma a outra, só espero que no fundo jamais se esqueça de mim. Eu que sempre precisei de você, do seu carinho, da sua força.
Agora tento suportar a dor da solidão e a tristeza de saber que em breve se esquecerá de mim.

Mas caso me perguntassem se te quero de volta eu responderia: "Não". Por que não? Porque eu não aguentaria ter de ter ver partir novamente, já sofri demais, já passei por muita tortura. Amizade para mim vale muito mais que qualquer paixão, consequentemente acaba doendo muito mais quando há um fim. Então se tiver que partir e me esquecer, faça isso logo. Vá, e não retorne. Faço questão de ser a primeira a te dizer adeus, porque é mais fácil que doa tudo de uma vez do que me torturar em pequenas doses.
Tenho raiva, mas não de você. Tenho raiva de mim por ter sido tão dependente de você.
Agora vá em frente, siga o seu caminho. Que eu... vou ver se ainda há esperanças...

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase


- Daquela que um dia viu em você uma base de sobrevivência


*Dedicado a Giovana Caxias